Descrição: foto dos batuqueiros chegando no local do evento
- a praça da igreja matriz da cidade - onde já aguardava o público local.
Agora foi a vez da Mata Atlântica de Murici tremer ao som do maracatu!!!!
Com muito orgulho, o Maracatu Baque Alagoano participou de um dos eventos mais esperados do ano: o Festival da Natureza, que aconteceu no município de Murici, uma das pérolas da nossa Mata Atlântica e internacionalmente reconhecido como um dos mais importantes locais para a conservação de pássaros do hemisfério ocidental.
O festival, organizado pela prefeitura, reuniu grandes nomes da música brasileira, como, por exemplo, Alceu Valença, que encanta a todos com sua simplicidade e “nordestinidade” cativantes, típicas de quem faz o que gosta e ama sua terra natal. Oficinas culturais, palestras, desfiles de bandas e passeios ecológicos complementaram as atividades oferecidas ao público.
O Festival da Natureza de Murici prova que centralizar a cultura em determinadas regiões do país, principalmente nas mais abastadas, é um desrespeito à pluralidade existente no Brasil, à sua diversidade de valores e de ambientes, no sentido mais amplo da palavra. Muito temos a ganhar com investimentos que propiciem o acesso aos saberes populares e às atividades artísticas autênticas.
Como era de se esperar, o povo recebeu as atrações culturais e artísticas de braços abertos, sedentos, principalmente, de boa música e prontos para participar efusivamente de todas as apresentações, mostrando mais uma vez que quando a verdadeira cultura chega aos seus ouvidos, há um reconhecimento imediato, o qual é traduzido em sorrisos sinceros, danças e fortes aplausos.
Aliando-se às belezas naturais do local, que conserva cachoeiras, bicas e trilhas ecológicas, o som contagiante do Maracatu Baque Alagoano complementou os sentidos daqueles que se entregaram ao prazer de uma diversão tipicamente nordestina, recheada de alegria espontânea e regionalidade, como só o nosso povo consegue transmitir.
Reproduzir com exatidão alguns momentos, através da caneta, foto ou vídeo torna-se uma tarefa difícil. Os detalhes que escapam a estas ferramentas muitas vezes dariam a conotação exata para o que sentimos em um determinado instante. Como reproduzir a gargalhada das crianças, o cheiro doce da cana-de-açúcar ou da pipoca, a fidelidade das cores nas casinhas e a boa vontade dos habitantes locais?
Este foi o quadro que o nosso grupo encontrou em Murici! Uma praça cheia de crianças “brincantes” em frente a uma graciosa igrejinha, imagem típica de nossas cidadezinhas interioranas, foi o palco da apresentação do Maracatu Baque Alagoano, que mais uma vez levou sua mensagem de integração, de resgate da cultura alagoana, e, é claro, de respeito à natureza, através da execução de ritmos locais, recheados com a ginga e a malemolência que acompanham o grupo aonde quer que ele vá.
O “tchic-tchá” dos xequerês, a marcação dos agogôs, o tilintar do gonguê, o “maracatá” das caixas e o baque-trovão das alfaias novamente mostraram o peso do nosso som!!! E ele sempre será levado onde existam pessoas distintas dispostas a abraçá-lo, como nossos queridos irmãos de Murici.
Parabéns, Murici.
Parabéns por mais esta, batuqueiros do Maracatu Baque Alagoano!!
- a praça da igreja matriz da cidade - onde já aguardava o público local.
Ao fundo, igreja matriz de Murici. Céu de fim de tarde.
* Por Júlio César Andrade.
Agora foi a vez da Mata Atlântica de Murici tremer ao som do maracatu!!!!
Com muito orgulho, o Maracatu Baque Alagoano participou de um dos eventos mais esperados do ano: o Festival da Natureza, que aconteceu no município de Murici, uma das pérolas da nossa Mata Atlântica e internacionalmente reconhecido como um dos mais importantes locais para a conservação de pássaros do hemisfério ocidental.
O festival, organizado pela prefeitura, reuniu grandes nomes da música brasileira, como, por exemplo, Alceu Valença, que encanta a todos com sua simplicidade e “nordestinidade” cativantes, típicas de quem faz o que gosta e ama sua terra natal. Oficinas culturais, palestras, desfiles de bandas e passeios ecológicos complementaram as atividades oferecidas ao público.
O Festival da Natureza de Murici prova que centralizar a cultura em determinadas regiões do país, principalmente nas mais abastadas, é um desrespeito à pluralidade existente no Brasil, à sua diversidade de valores e de ambientes, no sentido mais amplo da palavra. Muito temos a ganhar com investimentos que propiciem o acesso aos saberes populares e às atividades artísticas autênticas.
Como era de se esperar, o povo recebeu as atrações culturais e artísticas de braços abertos, sedentos, principalmente, de boa música e prontos para participar efusivamente de todas as apresentações, mostrando mais uma vez que quando a verdadeira cultura chega aos seus ouvidos, há um reconhecimento imediato, o qual é traduzido em sorrisos sinceros, danças e fortes aplausos.
Aliando-se às belezas naturais do local, que conserva cachoeiras, bicas e trilhas ecológicas, o som contagiante do Maracatu Baque Alagoano complementou os sentidos daqueles que se entregaram ao prazer de uma diversão tipicamente nordestina, recheada de alegria espontânea e regionalidade, como só o nosso povo consegue transmitir.
Reproduzir com exatidão alguns momentos, através da caneta, foto ou vídeo torna-se uma tarefa difícil. Os detalhes que escapam a estas ferramentas muitas vezes dariam a conotação exata para o que sentimos em um determinado instante. Como reproduzir a gargalhada das crianças, o cheiro doce da cana-de-açúcar ou da pipoca, a fidelidade das cores nas casinhas e a boa vontade dos habitantes locais?
Este foi o quadro que o nosso grupo encontrou em Murici! Uma praça cheia de crianças “brincantes” em frente a uma graciosa igrejinha, imagem típica de nossas cidadezinhas interioranas, foi o palco da apresentação do Maracatu Baque Alagoano, que mais uma vez levou sua mensagem de integração, de resgate da cultura alagoana, e, é claro, de respeito à natureza, através da execução de ritmos locais, recheados com a ginga e a malemolência que acompanham o grupo aonde quer que ele vá.
O “tchic-tchá” dos xequerês, a marcação dos agogôs, o tilintar do gonguê, o “maracatá” das caixas e o baque-trovão das alfaias novamente mostraram o peso do nosso som!!! E ele sempre será levado onde existam pessoas distintas dispostas a abraçá-lo, como nossos queridos irmãos de Murici.
Parabéns, Murici.
Parabéns por mais esta, batuqueiros do Maracatu Baque Alagoano!!
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Descrição: Júlio, no meio da Praça Palmares, no ato público, todo de branco e com seu chapéu da palha, alfaia a postospara começar mais um batuque. Pessoas passam a seu redor.
*Júlio, 37, é alagoano, servidor público da Ufal. Farmacêutico de formação, trabalha com a elaboração, monitoramento e gestão de projetos. Pesquisador na área de produtos naturais (própolis vermelha alagoana), é mestrando em produção vegetal na área de biotecnologia-genômica da cana-de-açúcar. É capoeirista angoleiro e batuqueiro do Baque Alagoano.
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