domingo, 14 de dezembro de 2008

UMA NOITE MÁGICA

Descrição: Baque Alagoano, Benedito e Oriêta,
posando para foto, durante o Baile de Carnaval.


* Por Rita Mendonça e Bia Mendonça.


A noite mágica, foi a de 6 de dezembro passado, a de lançamento do cd de frevo, de Benedito Pontes, intitulado “Quem for podre, que se quebre” na capital alagoana.

Composto de frevos, marchas-rancho e sambas, o cd de Benedito é sua parcela de contribuição para a cultura local, por meio da divulgação destes ritmos que nos compõem a alma – ainda que inconscientemente – e pelo resgate da tradição dos antigos carnavais de clube em Alagoas.

Com a participação especial da Banda da Polícia Militar, da Banda Fênix Show, do Grupo por Acaso, do Balé Eliana Cavalcanti, do Coral Sistema Indústria, de Dinha Soares, Sandro Bastos, Júnior Almeida e Leureny Andrade, entre outros, a noite de cor e de brilho teve como Madrinha Arlene Miranda, e como anfitriã, juntamente com Benedito, sua esposa, Oriêta Feijó. O baile contou, ainda, com a participação dos blocos tradicionais que costumam sair nas prévias carnavalescas de Maceió. Houve desfile de estandartes e performances dos grupos, durante os intervalos entre uma banda e outra.

O professor Benedito Pontes é aposentado da Ufal. Em atividade, coordenou o Centro de Ciências Exatas e Naturais (CCEN) e foi chefe do Departamento de Matemática. Sempre foi um apaixonado por música e sempre as compôs. Em 2007, lançou o CD “Mãe Terra”, com 15 músicas inéditas da MPB.

Oriêta fez o arranjo musical do cd "Quem for podre que se quebre". É baiana, pianista, ex–professora da Escola de Música da Bahia, e entre as diversas atividades profissionais exercidas ligadas à cultura, foi apresentadora do programa “Clube do Olé”, na TV Itapoã.

Arlene, é a primeira mulher Jornalista de Alagoas, Além de escritora, contista e poetisa, com livros já publicado, Arlene é um ícone da Cultura Alagoana, que absorveu por osmose. Pernambucana que sempre viveu em Maceió, recentemente recebeu o título de Cidadã Maceioense, da Câmara Municipal. Apaixonada pela cultura alagoana, Arlene viabiliza espaços na mídia para as manifestações artístico-culturais. Inclusive por meio dela o Maracatu Baque Alagoano esteve no Programa Frente e Verso, da Rádio Difusora, na manhã de 02.08.2008, divulgando as atividades do grupo e suas músicas (ver nosso álbum de fotos).

O Maracatu Baque Alagoano e o Maracatu Axé Zumbi também se apresentaram na noite, em homenagem à Benedito.

Para o Maracatu Baque Alagoano, Benedito é um fã especial. Um padrinho dedicado e atencioso que nos acolhe sem restrição e nos abre caminhos de forma incondicional, intuitivamente confiante na musicalidade e nos objetivos do grupo.

Nosso laço nasceu de forma inusitada: um visitante ilustre e efusivo comparece ao blog do Maracatu Baque Alagoano (http://www.maracatubaquealagoano.blogspot.com/), deixando-nos agradáveis elogios em nosso livro de visitas. Daí, nasceu um laço de amizade sólido e espontâneo, que vem nos abrindo portas e nos solidificando a confiança de que o Maracatu Baque Alagoano vem conquistando espaço no cenário artístico-cultural em Alagoas.

A noite do dia 6 de dezembro não foi especial somente para Benedito. Em sua homenagem, o Baque Alagoano se apresentou em uma de suas mais belas performances, numa perfeita sintonia entre seus integrantes, não economizando nos quesitos empolgação, alegria, beleza, técnica e animação.

Não menos empolgante foi a apresentação do Maracatu Axé Zumbi, que com seu ritmo contagiante e simpatia de seus integrantes acolheu o Baque Alagoano, e juntos dançaram e cantaram em homenagem aos reis e rainhas do Maracatu. Em breve, o Baque Alagoano irá retribuir a acolhida e visitará o Axé Zumbi, para sorver dos conhecimentos do Mestre Geraldo e demais integrantes do Grupo.

A noite acabou quando já era dia. A animação e a satisfação, estas permanecem intensas até hoje...

Parabéns, Benedito e Oriêta, pelo sucesso da iniciativa e pelo apoio à cultura local e ao Maracatu Baque Alagoano.

Abaixo, a contribuição da batuqueira Bia:


Descrição: desenho da batuqueira Bia, todo em grafite. Cinco integrantes do Baque, desenhados tocando seus instrumentos, em palco sob o qual pende uma faixa com o nome do grupo. Segundo a Bia, da esquerda para a direita, os batuqueiros são a Anne no agogô, o pai da Letícia no gonguê, o Chris e seu cabelo étnico tocando alfaia, um batuqueiro que ela não soube dizer o nome na caixa e a mãe na alfaia. O do xequerê não tem porque ela se esqueceu, rs.

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Descrição: Rita (ao centro), de perfil, óculos escuros, tocando alfaia, vestida com a Roupa do Baque Alagoano (saia de chita e camiseta branca). É dia e o grupo se apresenta. Na foto aparecem outros integrantes e o público.

*Rita, 38, é advogada trabalhista e pesquisadora em Inclusão Social e Direitos Humanos de grupos em desvantagem (idosos, obesos, mulheres, crianças, jovens no primeiro emprego, egressos do sistema prisional, pessoas com deficiência, não-heterossexuais etc.). É servidora pública do Ministério Público do Trabalho em Alagoas e militante do movimento de inclusão social da pessoa com deficiência. Tem formação em Reiki, estuda Cabala e Astrologia. "Se inventa" de poetiza, cheff de cozinha e artísta plástica nas horas vagas (minutos vagos, rs). Integra o Conselho Fiscal e a Comissão de Comunicação do Baque. É batuqueira do Baque Alagoano e mãe da Beatriz**, que é uma das lindas batuqueiras de xequerê. Mantém os blogs http://www.umdireitoquerespeite.blogspot.com/ e http://www.palavrasdeabsinto.blogspot.com/ nos quais espera visitas.

Descrição: batuqueira Beatriz, óculos escuros lilás, de pé, camiseta branca e calça florida, concentrada e um pouco nervosa, com o xequerê nas mãos, aguardando apresentação do Baque na Orla de Maceió, sua primeira apresentação em cortejo. A papete que ela calça é rosa e da Hello Kitty, rs. Há pessoas circulando e se vê o céu azul ao fundo, por trás de uma tenda branca.

**Beatriz Mendonça, 7, batuqueira desde os 6, formou-se no ABC no último dia 11. É joqueta há um ano e já salta obstáculos na pista de equitação. Lê mais livros do que muita gente grande, inclusive o dicionário jurídico da mãe. Em casa, ensaia alfaia e caixa, mas ainda tem vergonha de fazer isso em público. No dia liberado para levar brinquedos para a escola, leva o xequerê para ensinar as amigas. Segundo ela mesma, gosta de jogar elástico e computador com as primas. Quer fazer balé em 2009. Não gosta de ficar doente, de gente mau comportada e de ver as praias sujas. É batuqueira do baque Alagoano.



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