terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Baque Alagoano: Nem o sol do meio-dia...

Grupo mostra força e garra em intervenções brilhantes na orla de Pajuçara e Ponta Verde

Um dia marcante para o Maracatu Baque Alagoano!  Assim pode ser resumido o último domingo, 5 de fevereiro, por tudo de bom e de mágico que aconteceu nas apresentações que fez na orla de Maceió. Inicialmente no evento em defesa dos manguezais - Mangue Faz a Diferença, ao lado da Feirinha de Pajuçara; em seguida, no Cortejo que realizou em direção a Ponta Verde; e, finalmente, na incrível recepção de que foi alvo na comemoração dos 12 anos do Pinto da Madrugada.
“Nem o sol do meio-dia segura o Baque Alagoano; nenhuma nuvem no céu, o suor escorrendo e todos os batuqueiros segurando a pancada, com sangue nos olhos”, destaca Rômulo Fernandes. “Fomos bem recebidos e juntamos muita gente no evento em favor dos manguezais, dando tudo certo; no cortejo em seguida, o público vibrava muito na praia a medida em que avançávamos; e quando estávamos nos aproximando do palco do Pinto, respeitosamente, eles pararam de tocar e ficaram nos aguardando”, resume.
Para Rômulo, a recepção promovida pelo Pinto da Madrugada ao Baque vai ficar na memória de muita gente, e por muito tempo. “Tenho certeza de que todos os batuqueiros saíram de lá com um sentimento de orgulho por fazer parte desse maracatu”, ressalta. “Muita, mas muita gente dançando e vibrando; muitos não acreditavam no que estavam vendo!”, diz.



O sentimento de dever cumprido e de satisfação foi comungado também por outros batuqueiros na troca de e-mails do grupo, todos satisfeitos com o que aconteceu nas intervenções do Baque no último domingo. “Massa demais ver o grupo tão redondinho nas batidas da primeira apresentação, depois arrastando a praia com a gente no cortejo e, por último, aquele encontro apoteótico entre o Baque, o Pinto e o povo”, comenta Márcia Shoo. “O que foi aquilo, o que foi aquilo!!!”, enfatiza.
Para Andressa Figueirôa, o que aconteceu é fruto do trabalho desenvolvido pelo grupo ao longo dos anos.  “Poderia passar o dia aqui citando, mas prefiro apenas relembrar que o Baque é lindo, é forte, é mágico; conquistamos nosso espaço e precisamos continuar nosso trabalho com seriedade, como sempre fizemos”, lembra.
“Outro ponto a destacar foram as palavras da diretoria do Pinto para todo o público, falando das origens do Maracatu no nosso estado, e o ressurgimento, graças ao Baque Alagoano”, destaca Beto Canavarro. “Foi um dia para relembrar!!!!”, diz.
“Mágico, incrível, inesquecível, emocionante... Hoje foi mais um daqueles dias com o Baque e que jamais esquecerei”, comenta Glaucia Tiana. “Gente era de chorar de emoção e sei que teve gente que chorou! Realmente hoje foi mais um dia de alegria; que domingo bom!”, testemunha.
“Creio que Márcia resumiu muito bem o que aconteceu ontem: ‘O que foi aquilo? O que foi aquilo?’, e aí pergunto, sendo descaradamente redundante: O QUE FOI AQUILO???? Alguém responde ai?”, destaca Alessandro Passos.
“Estou cheia de calo, antebraço inchado e com a alma sorrindo”, comenta Anne Katarine. “Chorei sim!!! Não me contive; eram lágrimas, suor , rímel e sangue nos olhos; Que público! Que grupo! Que vibração!”, conclui a batuqueira. 


Foto: Jessica Pacheco

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