Em noite inspirada o Baque Alagoano arrastou a multidão

"Não sou uma Nação, mas arrasto uma multidão por onde eu passar", a Loa composta pelo Regis Curió do Maracatu Baque Alagoano nunca foi tão adequada. Quem esteve no Jaraguá Folia 2011 se encantou com toda a vibração, beleza e plasticidade da exibição de gala do Baque.

Logo, logo publicaremos toda a cobertura da participação do Baque Alagoano no Jaraguá Folia 2011. Mas, por enquanto, disponibilizamos o vídeo acima publicado no "youtube". Uma pequena amostra do que rolou. Recordação para quem esteve lá, uma nova oportunidade para aqueles que não poderam acompanhar.

É HOJE. E SE VOCÊ NÃO FOR, SÓ VOCÊ NÃO VAI!

Muito mais do que tocar Maracatu

Por quase um mês o blog do Maracatu Baque Alagoano vem divulgando o passo-a-passo da preparação do grupo para o Jaraguá Folia 2011. Sempre em tom de descontração e alegria, tentamos passar ao leitor as sensações que permeiam o cotidiano de quem dedica parte da sua vida à cultura.

Contudo, às vésperas do Jaraguá Folia 2011 e de mais um cortejo do Maracatu Baque Alagoano, aproveitamos o momento para uma reflexão. Um chamamento para que cada qual dê aquele suspiro profundo. Do tipo que se faz para reduzir a tensão antes da entrada em cena.

Porque, amanhã (25/2) quando o Baque Alagoano apresentar aos alagoanos toda a beleza e o peso do Maracatu, os cinquenta percussionistas e dançarinos do grupo não estarão apenas "divertindo" os expectadores. O Baque estará resgatando parte da história do povo de Alagoas e contribuindo para a formação de uma identidade própria.

É que a cada batida da alfaia, a cada toque do gonguê ou a cada chacoalhar do xequerê estaremos revivendo os cortejos rituais das "Coroações de Rei de Congo". Ao mesmo tempo, estaremos demonstrando que mais de um século depois, às liberdades de credo e manifestação dos negros ainda permanecem mercê do preconceito e da "benevolência" das elites dos nossos dias, assim como o eram a escolha e a coração dos reis dos negros escravizados.

Junto ao grupo homenageado, a Nega da Costa, o Baque reviverá o fatídico momento do "Quebra de Xangô" ocorrido em 1912. O momento da manifestação da prepotência dos setores que historicamente dirigem Alagoas e que, escravagistas que foram, ainda mantém trabalhadores de nossos dias sob o julgo do "trabalho análogo ao de escravos" (termo da legislação moderna para o trabalho sub humano), porque ainda com poderes de vida e de morte nas senzalas contemporâneas.

Portanto, como bem escreveu o percussionista Wilson Santos, "o encontro destes fatos não propõe o resgate de elos perdidos no tempo". Porém tomar consciência deles, ainda citando Santos, nos permite "reinventar e reescrever a história futura baseados em fatos concretos e no auxílio da intervenção artística".

Oxalá! E como canta lindamente a Rose Mendonça, do vocal do Baque Alagoano, "Ó Pai eu vos peço, Senhor, proteja o meu Maracatu"! E a toda nossa gente.

É AMANHÃ MEU POVO, O JARAGUÁ FOLIA 2011

Batuqueiros mirins garantem o futuro do Maracatu alagoano

Os ensaios são exaustivos. Quatro horas em média. Mas, eles não arredam pé. Assim é a rotina dos pequenos batuqueiros que acompanham as batidas do Maracatu Baque Alagoano. Abdicam das tardes de sábado para garantir o futuro da cultura alagoana.

Na imensidão do universo adulto, eles somam cinco ao todo. Quatro ingressaram no Baque Alagoano acompanhando mães ou tias. O Vivinho veio à convite do Mestre Dalmo. Mas, todos levam muito a sério o que fazem. As vezes reclamam um pouco o cansaço dos ensaios. Normal, em se tratando de crianças e pré-adolescentes. Mas, são persistentes os danados.

O Vivinho, a Nathália e o Gabriel tocam caixa. A Lulu e a Bia tocam xequerê. Mas, o que eles tocam mesmo é o coração de quem vê essa meninada empenhada em resgatar o Maracatu alagoano.

E FALTAM 2 DIAS PARA O JARAGUÁ FOLIA 2011

Convidados falam sobre expectativa para o Polo do Maracatu Baque Alagoano

Faltando apenas três dias para o Jaraguá Folia 2011, homenageado e convidados que se apresentarão no Polo do Baque Alagoano no Jaraguá Folia 2011 falam sobre as expectativas para a estréia.

O grande homenageado da noite será o "Nega da Costa". O secular folguedo oriundo da cidade de Quebrangulo/AL. E segundo o Coordenador do grupo, Dervândson Rógenes (foto/esq. baixo), a tradição da "Nega" em carnavais fará a diferença. "Mas, a expectativa aumenta, porque seremos homenageados", destaca.

Ainda segundo o Dervândson, os preparativos para a apresentação na sexta-feira, 25/2, estão a todo vapor. Ele conta que o grupo perdeu tudo, porque "a enxente levou". Refere-se a inundação de 2010 que causou grandes estragos em várias cidades alagoanas. Porém, fala com orgulho do soerguimento da "Nega da Costa" que, em suas palavras, "representa a bravura do povo alagoano e a historia dos escravos negros".

Unidos do Poço (e do Baque Alagoano)

Já Gilvânia Gomes, a Gil, Diretora, compositora e intérprete da Unidos do Poço, faz questão de destacar: "no Polo nós seremos a Unidos do Baque Alagoano". E promete que ninguém vai ficar parado.

A promessa tem uma motivação. A Gil aposta no força da "Bateria no 10". É como ela se refere carinhosamente à Bateria da Escola de Samba que comanda.

Poesia Musicada no Pandeiro prepara repertório exclusivo

Agora, quer ver empolgação? Fale com o Rogério Dias, cantor, compositor e um dos líderes do grupo Poesia Musicada no Pandeiro.

Dias está animadíssimo com a apresentação no Polo. A razão, segundo ele, é poder mostrar que "existem outras Alagoas", parafraseando o poeta Jorge de Lima. Com isso, pretende contradizer a imagem negativa de violência e corrupção que o estado possui. "Temos que resgatar a autoestima do nosso povo. Alagoas possui belezas que superam os fatos negativos."

Jura "de pés juntos" que quem for ao Polo do Baque Alagoano vai ver um repertório novo voltado para a ocasião. "Tem Côco, Maracatu, Bumba-meu-boi e até um sambinha massa", contou sorridente. E concluiu, "eles verão um Poesia Musicada mais raiz do que nunca".

DIA 25/2 (SEXTA) NO LARGO DOS POMBOS (ATRÁS DO MERCADO DO JARAGUÁ). É DAQUI A 3 DIAS!

Maracatu Baque Alagoano agita no fim-de-semana

A uma semana do Jaraguá Folia 2011, o Maracatu Baque Alagoano trabalha a pleno vapor nos últimos preparativos. E no fim-de-semana não tem como ser diferente.

No sábado, 19/2, o Baque realiza a sua Assembleia Geral Ordinária anual. A personalidade jurídica do grupo é de Associação. Por isto, os integrantes são associados ao Baque Alagoano. Amanhã, a Coordenação da Associação recebe novos filiados, realiza a prestação de contas e planeja suas atividades para 2011. Isso no período da manhã.

Porque, à tarde, a partir da 14h, vai "voar caco de alfaia", como se diz na linguagem dos batuqueiros. Tem ensaio geral e filmagem para o programa "Terra e Mar" da Tv Gazeta (Globo). Quem conhece os integrantes do Maracatu Baque Alagoano sabe que será festa na certa. Tudo na Praça Marcílio Dias, tradicional local de ensaios dessa turma.

E, no domingo (20/2) o Baque Alagoano estará novamente agitando em frente à barraca Lopana, na Ponta Verde. A partir das 9h o grupo investe novamente na divulgação do bloco e do polo do Baque no Jaraguá Folia. Quem quiser adquirir uma camisa com a belíssima homenagem à "Nega da Costa" é só aparecer por lá.

E como diz o batuqueiro Téo Macaiba: "quem não aguenta, bebe leite"!

E FALTAM 7 DIAS PARA O JARAGUÁ FOLIA 2011

Participe da Feijoada no Quilombo

O Centro de Estudos e Pesquisas Afro Alagoano - Quilombo realizará sábado, 19/2, uma feijoada acompanhada de boa música. É a I Feijoada Solidária.

O evento tem por objetivo arrecadar fundos para os projetos sócio-culturais desenvolvidos pela entidade, a exemplo do Mirante Cultural, do Museu Cultura Periférica, além de várias oficinas de capoeira, dança, bumba-meu-boi e Ferkundô.

A entrada custa apenas R$ 10,00 (dez reais) e pode ser adquirida com a Sirlene pelo telefone 8701-6490. E ela garante que a diversão não tem hora para acabar!

Fmac garante estrutura mínima para o Jaraguá Folia 2011

Uma reunião entre a Coordenação do Jaraguá Folia e a Fundação Municipal de Ação Cultural (Fmac) ajustou detalhes da infra-estrutura para o evento.

A Presidente da Fmac apresentou ao Coordenador do Jaraguá Folia, Edberto Ticianeli, um Plano de Ação para a segurança pública, limpeza urbana, serviços médicos, disciplinamento do trânsito e organização de transportes, além da garantir melhorias na iluminação dos locais de concentração dos blocos e percurso dos desfiles.

O Jaraguá Folia faz parte da programação das prévias carnavalescas da capital alagoana. E esse ano ocorrerá no dia 25/2 (sexta-feira) com início previsto para as 19h.

Protestos

Aproveitando o período carnavalesco, por tabela o destaque para as manifestações culturais alagoanas, várias entidades criaram o Fórum Permanente pela Cultura. Um dos objetivos do movimento é reivindicar implementação da Lei Municipal 6.655 de 21 de dezembro de 2007 e o Decreto 6.859 de 5 de agosto de 2008.

Segundo os organizadores do Fórum, a lei, que foi sancionada pelo prefeito de Maceió Cícero Almeida, trata da promoção de incentivos fiscais à cultura e cria o Programa Municipal de Apoio à Cultura (Promac). Mas, reclamam que a lei e o decreto até hoje não funcionam. Por isto, estão organizando um grande ato público e cultural no dia 23 de fevereiro em frente à Prefeitura de Maceió.

Para o Coordenador Geral do Maracatu Baque Alagoano, Rômulo Fernandes, a iniciativa é importante e conta com o apoio do grupo. Fernandes afirma que é de conhecimento público o "esforço (do Baque Alagoano) para conscientizar os órgãos competentes da importância do incentivo às manifestações culturais de nosso estado". Foi assim, por exemplo, quando do engajamento da agremiação no movimento "Sou Artista, Luto(!?)" (foto) que reivindicou a reabertura do Teatro Deodoro e políticas públicas para a cultura alagoana.

À época, foi da autoria do Baque Alagoano, inclusive, um breve estudo sobre a Economia da Cultura em Alagoas. Um levantamento que visou demonstrar a importância do setor não apenas como formador da identidade cultural do povo alagoano, mas também como uma importante fonte de geração de emprego e renda.

E FALTAM 8 DIAS PARA O JARAGUÁ FOLIA 2011

Em cartaz, o Maracatu Baque Alagoano

Já se encontra disponível aos admiradores, pesquisadores ou simplesmente curiosos o novo vídeo sobre a breve história do Maracatu Baque Alagoano. O título é mais que sugestivo e foi inspirado numa das loas do grupo: "Quem foi que disse que o Baque não saia?"

Produzido e dirigido por Anna Luiza Lyra, estudante de Relações Públicas, o material traz depoimentos importantes como os do artista popular Jurandir Bozo e do cantor e compositor Wado. Além de revelar detalhes do nascimento do Baque Alagoano e do trabalho desenvolvido por seus integrantes.

Os vídeos têm cerca de 15 minutos divididos em duas partes de história, cultura popular e diversão. E podem ser vistos logo abaixo.

E FALTAM 9 DIAS PARA O JARAGUÁ FOLIA 2011

Apresento a vocês, o Baque Alagoano (parte 1/2)

Apresento a vocês, o Baque Alagoano (parte 2/2)

Reta final: faltam 10 dias para o Jaraguá Folia 2011

O grande dia está chegando e os preparativos para o Polo do Maracatu Baque Alagoano para o Jaraguá Folia 2011 continuam a pleno vapor.

Até lá, muita novidade ainda irá acontecer. O pessoal do canto esteve no estúdio e logo todos poderão conferir o resultado. Ah! E tem vídeo novo também. A batuqueira Anna Luiza Lyra, membro da comunicação do Baque Alagoano, transformou em vídeo o resumo da historia do grupo. Um trabalho muito bacana desta estudante de Relações Públicas.

A programação oficial do Polo do Baque também está pronta e disponível logo abaixo. Fala sério, dá ou não dá para sentir aquele friozinho na barriga?

Polo do Maracatu Baque Alagoano

Dia 25/2/2011

Largo dos Pombos (por trás do Mercado do Jaraguá)

Programação

19:00h - Abertura

19:30h – Bumba-meu-boi
20:00h – Poesia Musicada no Pandeiro
20:30h – Grupo Nega da Costa
21:10h – Bloco Jaraguá é o Bicho
21:40h – Escola de Samba Unidos do Poço

22:00h – Maracatu Baque Alagoano

Todas as Vozes do Maracatu Baque Alagoano

O Rômulo Fernandes (foto de baixo/centro) puxa a loa, "o Baque é forte e estremece a nação". E um coro de cinquenta vozes responde: "Nação alagoana de história e tradição". É arrepio na certa!

No Maracatu Baque Alagoano é assim, todo mundo canta. Mas, um grupo em especial garante a afinação das loas e canções interpretadas nas apresentações do Baque. Nas vozes de Adrian Nascimento, Gláucia Tiana, Grazi Malafaia, Karol Cavalcante, Regis "Curió", Rômulo Fernandes e Rose Mendonça a alegria e a emoção rolam soltas.

No repertório, músicas próprias compostas por Marcelo Melo, além de canções de grandes Mestres e grupos folclóricos brasileiros, em especial de Alagoas. Preferencialmente, letras que exaltam nossas tradições, o Maracatu e, por consequência, a cultura negra. É assim, por exemplo, na interpretação por Rose Mendonça (foto de baixo/esq.) do "Canto das três raças". Impossível não se emocionar!

Agora, imagine o que dá esse povo todo junto numa festa. Imaginou? Ah, então não tem como perder. É no dia 25/2. Lá no "Largo dos Pombos" no Polo do Baque Alagoano. E de graça, heim!

E ATENÇÃO: FALTAM 11 DIAS PARA O JARAGUÁ FOLIA 2011

Agenda do Maracatu Baque Alagoano para o Fim-de-semana

O fim-de-semana do Maracatu Baque Alagoano promete ser bastante agitado. Em ritmo acelerado, mas sem perder o tom, o grupo segue se preparando para as prévias carnavalescas de Maceió e para o carnaval alagoano.

No sábado, 12/2, tem ensaio "itinerante". O Baque percorrerá as ruas do histórico bairro de Jaraguá em cortejo. Seguirá o percurso que fará no dia 25/2, segundo dia do Jaraguá Folia 2011. A concentração, a partir das 14h, é no Largo dos Pombos (por trás do Mercado do Jaraguá). O mesmo local onde será montado o Polo do Baque. Quem quiser ir entrando no clima, é só aparecer por lá.

Já no domingo, 13/2, "na batida da alfaia, ao som do gonguê", o Maracatu Baque Alagoano se concentra em frente a barraca Lopana na Ponta Verde para divulgar o Polo e o Bloco do Baque. A movimentação começa por volta das 10h da manhã. Será uma boa oportunidade para quem quiser adquirir a camisa do bloco. Mas, tem que correr porque restam poucas unidades.

E, finalmente, reiniciando a semana, na segunda-feira, 14/2, a Coordenação do Baque assina contrato com a Secretaria de Cultura e Turismo de Penedo. O grupo vai ser uma das atrações da tradicional "Lavagem do Beco". Um evento que reúne centenas de foliões penedenses na sexta-feira do carnaval. Mas, essa já é outra história que revelaremos em detalhes logo, logo.

E ATENÇÃO: FALTAM 14 DIAS PARA O JARAGUÁ FOLIA 2011

Lugar de Mulher é no Maracatu Baque Alagoano

O Maracatu Baque Alagoano possui atualmente 58 integrantes. Do total, elas são em número de trinta.

Definitivamente, as mulheres, que vêm conquistando espaços importantes na sociedade, conquistaram também o Baque Alagoano. Em tempos de exploração do corpo feminino, elas são muito mais que meras coadjuvantes dentro do grupo. Estão em todas as instâncias do Baque. São Coordenadoras, cantoras, percussionistas, dançarinas, designers e figurinistas. Mas, tudo "sem perder a ternura".

De olhos delineados pelo lápis à boca bem pintada, poucos imaginam que aqueles rostinhos lindos, meigos e cheios da vaidade feminina escondem feras que arrebentam em cada uma das alas instrumentais do Baque Alagoano. Mandam muito bem! Da graciosidade do xequerê ao estrondo furioso da alafaia. E cantam, como cantam as meninas do Baque.

Pois é. Tem marmanjo que pode até faltar, mas elas certamente estarão lá, no Largo dos Pombos (por trás do Mercado do Jaraguá). Detonando no Jaraguá Folia 2011 e enchendo de encanto as ruas do bairro histórico que dá nome ao evento. Duvida? Então, vai lá conferir.

E FALTAM: 16 DIAS PARA O JARAGUÁ FOLIA 2011

Sob a batuta do Mestre Dalmo, o Maracatu Baque Alagoano

A Loa exalta: "Mestre Dalmo conduz o batuque guerreiro. Traz no corpo e na alma a força do povo negro". Pois é, a canção sintetiza "o cara" a frente do Maracatu Baque Alagoano.

Ele é jovem. Tem 24 anos de idade. Por isto, quem o vê talvez não acredite que Dalmo dos Santos (foto) já é um Mestre do Maracatu. Mas, não foi fácil chegar lá.

Percussionista experiente, Mestre Dalmo conta que no início da carreira chegou a ser vaiado. "Fui convidado para tocar numa banda. Era uma apresentação no meio do nada. Quando comecei a tocar o povo começou a vaiar. Quase apanho." Relembra com um sorriso de quem não se deixou abater pelas críticas negativas.

Aliás, alegria e muita vibração são as marcas do Mestre Dalmo à frente do Maracatu Baque Alagoano. Características que não diminuem a autoridade do regente do grupo. Um exemplo de quem superou as críticas, seguiu em frente e se fez respeitar. Respeito devido a quem é Mestre.

E ATENÇÃO: FALTAM 19 DIAS PARA O JARAGUÁ FOLIA 2011

Beleza e Ritmo na Dança do Maracatu Baque Alagoano

Apenas uma coisa parece aplacar a fúria da batida do Maracatu Baque Alagoano. A graça e a beleza do casal de dançarinos Joana Dark e Murilo Alves (foto). Á frente do grupo percussivo, eles se destacam pelos movimentos suaves e exuberantes.

A dupla tem muito em comum. Além da paixão pela dança Afro, Joana e Murilo têm origem em comunidades humildes de Maceió/AL. Ela é da comunidade do Reginaldo; ele é da Vila dos Pescadores no Jaraguá. A dançarina tem quatro anos de dedicação à dança, enquanto o Murilo se dedica à atividade há sete anos.

Dona de um sorriso contagiante, Joana Dark, 19 anos, diz que dançar "é uma realização". Segundo Dark, quando está dançando "é como se todos os problemas do mundo desaparecessem". O coração dela é da dança Afro, mas também já tentou o Ballet Clássico. "Uma amiga conseguiu uma bolsa para mim no Ballet da Emília Clark, mas só fiquei alguns meses", conta.

Já o Murilo Alves, 20 anos, é mais introspectivo. "Não fico nervoso em apresentações. Mas, fico um pouco tenso quando o público começa a levantar para dançar comigo", confidencia. Para Alves, participar de um "grupo grande como o Baque é uma referência" para a carreira dele. E diz estar muito feliz por poder participar das prévias carnavalecas junto com o Baque Alagoano.

Pois é, só essa dupla mesmo para dar leveza ao peso do Maracatu Baque Alagoano.

E ATENÇÃO: FALTAM 21 DIAS PARA O JARAGUÁ FOLIA 2011

2 de fevereiro: dia da luta contra a intolerância religiosa

2 de fevereiro: dia da luta contra a intolerância religiosa

(*) Lwdmila C. Pacheco

Dizem que o brasileiro não tem memória por não conhecer sua própria história e as consequências dela para os dias de hoje. Se assim o é, uma das partes mais afetadas por essa perda de memória é esse lado de cá do nordeste, Alagoas.

Somos um Estado-paraíso de belezas naturais, mas um caos no que diz respeito às atividades tocadas pela administração humana. Há décadas somos governados, encabrestados pelas mesmas famílias das quais passamos anos reclamando e, na hora de votar, já estamos condicionado a clicar naquela mesma tecla.

Passamos a vida sem saber quem somos, e essa alienação histórica nos mantém estagnados sócio-culturalmente. Dentre vários eventos históricos que marcaram nossa trajetória e que prova que não é de hoje que tentam nos calar e nos reprimir, temos a chamada Operação Xangô. Até início do século 20 éramos um dos Estados com maior quantidade de casas de Xangô do Brasil; tínhamos, segundo pesquisa do IBGE, mais de 70% da população constituída de negros: um número que se equivalia na época à porcentagem de negros na Bahia.

No ano de 1912 aconteceu uma disputa política partidária que desembocou na perseguição massiva das casas de Xangô do Estado, e a grande maioria delas foi destruída, seus adeptos espancados e Tia Marcelina, dona da casa mais popular de Maceió, foi assassinada.

Após esse evento que desmoralizou e fechou muitas Casas, estabeleceu-se uma proibição permanente de qualquer culto afroalagoano. Por conta do estado de sítio, as casas que sobraram passaram a fazer seu culto em silêncio para não chamar a atenção da população e da polícia (nosso típico Xangô Rezado Baixo que só de alguns anos pra cá vem sempre superado), e outras se mudaram para os Estados vizinhos, local em que hoje, nós alagoanos vamos alienadamente e hipocritamente prestigiá-las dançando um frevo e maracatu ao som do que era nosso... sem saber que era.

O Quebra de Xangô não só acabou com muitas casas religiosas, mas com tudo que tinha ligação direta com a religiosidade afro: maracatus, frevos, blocos de rua, afoxés com seus ijexás e, pasmem, acabou com a afirmativa negra.
Em poucos anos a população que era constituída em sua maioria por negros, passou a ser constituída por brancos (de 70 passamos a 40% de negros).

O que aconteceu? Assassinaram essa população como fizeram com Tia Marcelina? Não, suponho que um genocídio ainda mais perverso assolou a população: o medo e a vergonha de se ver associado a tudo o que era de origem negra, pode ter feito a população se distanciar, inclusive identitariamente, dessa matriz.

Negamos justamente o que nos daria subsídios para ter orgulho de sermos alagoanos. Somos vítimas e algozes dessa situação, e precisamos fazer um esforço para tirarmos essa máscara e começarmos a nos ver e nos tornamos sujeitos ativos de nossa própria história.

(*) É mestra em Psicologia Social e Política

Texto sobre o dia contra a intolerância religiosa publicado no site: http://gazetaweb.globo.com/v2/noticias/texto_completo.php?c=223291.
 

Samba e Maracatu vão incendiar o Polo do Baque Alagoano

Uma mistura inflamável vai agitar o Polo do Baque Alagoano no Jaraguá Folia 2011, toneladas de Maracatu e centenas de graus Celsius de Samba. O encontro escaldante reunirá o Maracatu Baque Alagoano e a tradicional Escola de Samba Unidos do Poço.

Quem garante a elevação da temperatura no Polo do Maracatu Baque Alagoano é a Diretora, Compositora e Intérprete da Unidos do Poço, Gilvânia Gomes dos Santos (a Gil). Segundo a Gil, quem comparecer ao Largo dos Pombos (fundos do Mercado do Jaraguá) "vai ver diversão que não acaba mais". Empolgada com a parceria, ela conta que para a Unidos do Poço a relação com o Baque Alagoano não tem dinheiro que pague. E sorri quando questionada sobre o que se pode esperar da mistura do Maracatu com o Samba.

A Unidos do Poço

A Escola de Samba Unidos do Poço foi fundada em 1955. Devido uma crise financeira a agremiação ficou quatro anos sem desfiliar. Campeã por vinte e nove vezes dos carnavais de Maceió-AL, retornou à avenida em 2010. O enredo homenageou a cultura popular com o tema "Folclore, a Pilastra Viva da Cultura Popular Alagoana". Integrantes do Baque Alagoano e familiares formaram a ala Maracatu. Foi dessa colaboração que nasceu a parceria entre a Unidos do Poço e o Maracatu Baque Alagoano.

Atualmente a entidade está em fase preparatória para o Carnaval 2011. O enredo homenagerá os vários estilos da dança. Ainda se recuperando financeiramente, a Diretoria pede ajuda a todos que queiram colaborar para o desfile da Escola de Samba. "Nem precisa dar dinheiro. Aceitamos doações em material, peles para instrumentos e baquetas. Temos uma oficina para a recuperação de instrumentos quebrados, portanto aceitamos doações de instrumentos com problemas", declara a Gil, Diretora da Unidos do Poço.

E ATENÇÃO: FALTAM 23 DIAS PARA O JARAGUÁ FOLIA 2011

Novo figurino do Maracatu Baque Alagoano para o Jaraguá Folia 2011

A Comissão responsável pelo desenho e confecção do figurino do Maracatu Baque Alagoano está trabalhando a pleno vapor, para garantir o novo visual dos batuqueiros. As roupas que desfilam, a cada ano, nas prévias carnavalecas de Maceió, são resultado de criatividade e pesquisa do grupo.

Em 2010 o figurino levou a assinatura da artísta plástica Daniela Aguilar, e vestiu batuqueiros e batuqueiras nas principais apresentações do Baque, durante o referido ano. Para 2011, a Comissão formada por Andressa, Carminha, Dani, Gláucia, Grazi e Karol decidiu apostar na própria criatividade do grupo para elaborar o novo visual.

"O figurino continuará seguindo o estilo africano, como foi em 2010", diz Carminha Medeiros, que é membro da Comissão. Ela também revelou que juntará às cores tradicionais do Baque Alagoano (azul, branco e o vermelho ) outros tons, como o amarelo, "a fim de iluminar a roupa". Já os adereços serão de palha da costa.

As meninas da Comissão estão satisfeitas, mas também apreensivas com o resultado do trabalho. "O que vocês verão é o resultado das opiniões de todas as integrantes da Comissão", comenta Dani Caldas outra integrante da equipe.

Mas, o resultado final, só verá quem for ao Polo do Maracatu Baque Alagoano. Logo ali no Largo dos Pombos (por trás do Mercado do Jaraguá).

É dia 25/2, a partir das 19h, a folia que mais uma vez promete sacudir os foliões do Jaraguá Folia.

E ATENÇÃO: FALTAM 24 DIAS PARA O JARAGUÁ FOLIA 2011